Por Patrícia Mattar Oliva
“Qual o sonho que de tão bom a gente esquece?
Qual a graça que
acontece?
Que tantas
indagações, inspiradas ou não!
Dissolução.”
Se perguntarmos ao peixe como está a água, ele nos
responderá: água? que água?
Assim estamos nós, mergulhados na Vida, com uma leve
intuição do que isso seja, buscando através de todas as formas de conhecimento
nos aproximar da Verdade.
A ideia de crescimento espiritual ligado à dor e ao
sofrimento no presente para alcançar bênçãos futuras já foi amplamente
explorada por seitas e religiões sem grande sucesso para o coletivo.
Basta ver o estado em que a gente circula pelas ruas.
Basta olhar o rosto das pessoas à nossa volta. Ou zumbis, ou amedrontados blindados, ou bonecos de ventríloco
teclando ao celular. Raro ver alguém presente dentro do corpo, aqui e agora.
Vivemos em busca de eficiência, resolvemos a vida através
de contas a pagar, mirando o exemplo de quem pode mais. Reclamamos da justiça,
da política, do PIB, da segurança, do transporte, da escola, da polícia, do
sistema que caiu, da falta de luz elétrica. Enfim, de tudo que criamos para nos
facilitar a vida. O óbvio se apresenta, porém só sabemos mudar hábitos na
imposição da dor e do sofrimento.
O desafio é elevar-se à Vida através da Alegria. A chave:
saber que o centro da nossa consciência é o inconsciente, e vice versa; ou:
reconhecer os instrumentos que temos para sintonizar o sonho com a realidade. E
vice versa.
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