O Quinto Trabalho: As Cavalariças do Rei Augias



O rei Áugias é filho de Hélio, deus condutor da carruagem do sol. Tinha o brilho do sol no olhar e a maior e mais linda manada de cavalos da Grécia Heróica. Acontece que ele não limpa suas estrebarias e o povo da Elide reclama muito do incômodo que isso provoca na região.

Euristeu, aconselhado por Hera, encomenda a Heracles a limpeza dessas cavalariças, em apenas um dia.

Enquanto caminha para Elide, o herói fica a cismar... qual o mistério por trás dessa incumbência? Por que ele deveria limpar as estrebarias, se um grupo de homens é capaz de fazê-lo facilmente? Nesse momento, aparece um velho viajante, enviado de Palas, para alertá-lo. Os gases do esterco revolvido provocam envenenamento.

A tarefa é mais difícil do que parece à primeira vista.

Chegando ao palácio de Áugias, Héracles nada fala sobre o que vem fazer e pede para visitar as famosas estrebarias. Orgulhoso de seu animais, Augias adora mostrá-los a quem quiser ver. Conversa vai, conversa vem, o herói se oferece para limpá-las e pede a décima parte dos cavalos como pagamento pelo serviço. Fileu, filho de Áugias, aceita ser testemunha do contrato. Tudo acertado, é hora de trabalhar!

Existem dois rios na região: Alfeu e Peneu. Heracles resolve desviar o curso das águas dos dois para a direção da cavalariça. Assim, se faz a limpeza sem o risco de envenenamento!

Enquanto o herói trabalha na barragem e desvio dos rios, Augias, já arrependido do negócio, pensa numa forma de se livrar do pagamento. O problema da sujeira nas estrebarias é imenso, mas dez por cento dos animais é muito. É em meio a esses pensamentos que Augias recebe Lepreu, um grande fofoqueiro, na sala do trono. E veio a notícia: Heracles está lá por ordens de Euristeu.

No dia seguinte, os trabalhos de escavação prontos, um grande pontapé rompe as barreiras e as águas de Alfeu e Peneu se unem. Mas Héracles lembra que a parede da estrebaria deve ser demolida antes das águas chegarem a ela! Corre em direção às cavalariças e com mais alguns pontapés derruba a parede antes que chegue a enxurrada. Os cavalos presos fugem espavoridos enquanto a água  arranca enormes placas da estercaria velha e arrasta para longe.

Depois de tudo limpo, Héracles devolve os rios aos seus antigos leitos e vai cobrar o rei pela da empreitada.

Áugias está muito contente com o trabalho mas não tem a menor intenção de cumprir com sua parte no trato. Finge não se lembrar do combinado e oferece um lindo cavalo de sela ao herói, que reclama os dez por cento da manada. Fileu, chamado para resolver o impasse, testemunha contra o pai.

O rei, furioso, expulsa os dois de suas terras. Fileu por não saber agir politicamente e Héracles por nada ter contado sobre Euristeu. O herói contem sua raiva, pois não pode vencer sozinho o numeroso exército de Áugias, mas tece um vingança: destronar o rei em favor do filho.

Junta soldados para lutar contra Áugias. No dia da batalha, cai de cama por envenenamento - tinha ficado muito perto da estrebaria durante a limpeza. Privado de seu chefe, o exército de Héracles foi facilmente derrotado.

Depois de curado do envenenamento, o herói forma novo exército, derrota Áugias que é atirado pela janela e morre. Fileu recebe o trono da Elide.

Héracles volta a Miscenas para prestar contas a Euristeu, que desclassifica esse trabalho dizendo que o herói teve a ajuda dos rios.

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