Lua Nova dia 21/02 às 20h35, horário de verão em Sampa




Por Patrícia Mattar Oliva


“... vou beijar-te agora, não me leve a mal, hoje é carnaval.”
Máscara negra – Zé Keti e Pereira Mattos


Carnaval é uma festa ancestral de agradecimento à fertilidade da Terra, onde os prazeres da carne são buscados e comemorados sem restrição.

No Brasil, apesar de termos perdido o sentido do agradecimento, mantemos a forma da comemoração: no auge da massificação (os prazeres da carne são ancestrais, com pequenas variações de gosto), vemos multidões dançando na mesma onda, inebriada dos outros e embriagada de si. Barco à deriva, sair do próprio corpo e entrar no corpo da multidão é experiência de quem se entrega à folia.

Um dos grandes prazeres humanos é estar em grupo, sonhar junto com muitos.

Enquanto a multidão se distrai com a própria imaginação, chefes armam-se para atingir objetivos, muitas vezes com interesses particulares.

O desafio é buscar a universalidade, a essência do sonho, pertencer e ser. A chave: mudar de posição, atravessar o mar - discernir sonho de ilusão. 

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