Lua Cheia dia 19/03 às 15h11 em Sampa



O Sol se despede de Peixes em oposição à Lua. Urano, Júpiter e Mercúrio em Áries.

Comungar com a vida é lidar com assuntos ditos mundanos com a reverência do que nos é sagrado. Independente de o sagrado ser templo, dinheiro, trabalho, família, futebol...

Sentir-se parte da beleza, criatividade, harmonia do mundo é difícil, mas gostoso e envaidecedor. Reconhecer-se nas catástrofes, no desamor, guerras, crueldade é ainda mais difícil pelo desagrado que provoca. Mas libertador!

E a Lua nos pergunta: como escolher o caminho se comungamos com o todo? Ou: se a vida se alimenta de vida, o que é a morte? 

Festa do Equinócio - (Reveillon Jã - Início do Ano Novo Astrológico)



sábado, 19 de março, às 19h30.
lua cheia no reveillon jã.


vamos comemorar mais um ano astrológico juntos! essa lua cheia acontece com o sol no último grau do signo de peixes, despedida do nosso verão. a duração do dia é igual à duração da noite, do hemisfério sul ao hemisfério norte.   


enfim, hércules termina seus trabalhos na jã. venha ouvir a eliana atihe contar a descida do herói ao reino de hades, o senhor das sombras!

e dançar, cantar e celebrar o início do novo ciclo, o equinócio, a entrada do sol em áries!



se o tempo ajudar, teremos uma fogueira no quintal. traga os seus desejos de fogo!

contribuição sugerida: espumante ou cerveja! 


próx. Metrô Vila Madalena

12º Trabalho: A Captura de Cérbero / Epílogo



A catábase ou descida é a etapa final da iniciação do herói. Orfeu e Teseu, assim como Hércules, vivem suas catábases, cada qual ao seu modo.

A catábase nada mais é do que a morte (simbólica ou literal) pela qual o herói deve necessariamente passar, a assunção de sua condição mortal, antes de receber a glória da imortalidade.

É no mundo inferior ou Hades que se dá a catábase. O Hades recebe o mesmo nome de seu governante, Plutão, o Rico, como este era eufemisticamente chamado pelo povão, que morria de medo dele. Hades quer dizer Invisível e o reino das sombras lhe coubera na partilha que os olímpicos fizeram, após vencerem as guerras contra os crônidas e os gigantes. Em desvantagem para encontrar uma esposa, já que nenhuma deusa queria se casar com ele e ir viver no submundo, ele demandou de Zeus apoio para raptar Coré, a filha deste com a irmã de ambos, Deméter, a deusa da natureza cultivada. Casada com Hades, Coré passou a se chamar Perséfone e se tornou a senhora do reino dos mortos.

O mundo inferior tinha varias entradas, geralmente localizadas em grutas, cavernas e crateras de vulcões. Hércules escolheu uma das entradas e desceu até chegar à margem do rio Estige, o rio infernal que servia de fronteira entre o reino dos vivos e o das sombras. Quem fazia a travessia das almas era Caronte, o barqueiro sombrio, que cuidava que nenhum vivo atravessasse esse limiar. Se isso acontecesse, Cérbero, o mastim infernal, cuidaria de devorar o invasor do lado de lá e de introduzi-lo, como sombra, no Hades. Caronte exigia das almas um óbolo como pagamento pela travessia, o que fazia com que os parentes metessem uma moeda na boca do defunto, para pagar a travessia. Hércules deveria não somente descer aos infernos, como também trazer de lá o mastim Cérbero e levá-lo até Euristeu, em Micenas. Caronte, porém, se recusou a fazer a travessia do herói, que o agarrou e colocou a espada em seu pescoço, obrigando-o a levá-lo para a outra margem. Lá Cérbero o esperava: um enorme mastim negro, com 3 cabeças, rabo de dragão e um torso eriçado de serpentes. Ao ver o vulto alentado do herói, Cerbero saiu ganindo e correu a se esconder debaixo do trono de seu dono, que se surpreendeu imensamente com essa reação. A senhora do mundo inferior levantou-se para receber o herói. O casal infernal era, em geral, bastante civilizado. Afinal ela e ele eram ambos filhos de Zeus, meio-irmãos. Hércules e Hades negociaram a subida de Cérbero e Hades concordou em emprestá-lo a Hércules, desde que ele não usasse de violência para enfocinheirá-lo e o devolvesse íntegro. Hércules aceitou as condições e capturou um Cérbero bastante apavorado com alguma facilidade. Colocou-lhe uma tripla focinheira que levara consigo, adaptada numa trilha coleira com guia. Simples assim.

Quando começou a sair, viu se primo Teseu sentado diante de uma mesa, ao lado de seu amigo, o rei Piríto. Ambos, cinqüentões metidos a playboys, eram prisioneiros de Hades. Num dia de muito tédio, haviam planejado ir ao Hades e raptar Helena de Tróia para Teseu e Perséfone para Piríto. Mal chegaram, porém, Hades desconfiara deles e os convidara a sentar-se a uma mesa para partilhar com ele uma refeição como seus convidados. Ao término do banquete, os dois não conseguiam desgrudar as bundas das cadeiras. E lá estavam até agora, grudados nos assentos. Hércules negociou sua libertação, mas Hades concordou em liberar apenas Teseu, já que o pecado de Piríto era imperdoável. Assim Hércules e Teseu rumaram juntos para a superfície. Com Cérbero na coleira, Hércules rumou para Micenas. No palácio de Euristeu, soltou o monstro só um pouquinho, conseguindo gerau um furdúncio razoável e o último e melhor chilique por parte de Euristeu. Provocado pelo rei, que lhe ofereceu uma ínfima porção de um sacrifício dedicado a Hera, Hércules ofendeu-se e acabou por matar os 3 filhos do rei. Como se pode ver, não aprendeu nadica de nada. Por fim, encerrada a tarefa, recolheu o mastim e retornou para devolvê-lo a Hades.

Mas sua catábase não parou aí. Até então, o nome do herói era Alcides, o nome que recebera de Alcmena e Anfitrião. Tendo cumprido os trabalhos, seu nome mudou para Héracles, a Glória de Hera, o herói a serviço da deusa, que o contém, restringe e educa, para que a testosterona sirva ao estrógeno, o hormônio da vida, e não simplesmente a si mesmo, agredindo por agredir e destruindo por destruir.


De volta a Tebas, Hércules meteu-se numa competição de arco e flecha com o rei Êurito e seus filhos. Hércules venceu, mas Êurito recusou-se a aceitar a vitoria do herói e Autólito, seu filho, ainda o acusou de ter roubado bois do rebanho de seu pai. Ífito, outro filho do rei, tentou intermediar a contenda, mas foi acidentalmente morto pelo herói. Esse crime condenou Hércules a cumprir um 13º trabalho: servir como escravo na corte da rainha Ônfale (Umbigo), da Lydia por 8 anos humanos.


Lá ele se tornou amante de Ônfale, que o obrigava a se vestir de mulher e a fiar com ela e suas escravas. O herói exercitou-se um pouco na polaridade oposta, passiva-receptiva e parece que refluiu um pouco de tanta violência. Terminada a escravidão na corte de Ônfale, Hércules desempenhou a tarefa para a qual fora concebido: ajudar os olímpicos a vencerem os gigantes (a Gigantomaquia), isso porque os deuses não podiam matar gigantes, seus parentes, somente feri-los. Hércules eliminou os últimos representantes da estirpe dos filhos de Gaia, também eles seus parentes. No reino de Êurito, Hércules deixara seu prêmio: a princesa Iole. Ele voltou para buscá-la. Era então casado com Djanira (a devoradora de heróis), que morria de ciúmes dele. Djanira guardava consigo um túnica de seu marido, que o centauro Nesso, flechado por Hércules, havia dado a ela, garantindo-lhe que, se seu marido se apaixonasse por outra mulher, a túnica o traria de volta, porque fora impregnada com um filtro de amor. Quando Hércules vai buscar Iole, decide fazer uma oferenda a seu pai e envia seu servo, Licas, para buscar uma túnica digna com Djanira. Licas chega fofocando sobre Iole e Djanira envia a túnica, que na verdade está impregnada de veneno. Hércules a veste para realizar o sacrifício a Zeus, mas, na verdade, ele é a verdadeira vítima. A túnica gruda em sua pele e a queima. Tentando arrancá-la, ele arranca pedaços do próprio corpo. Ao final, deita-se na pira do sacrifício e ordena que a acendam. Zeus se condói do sofrimento do filho e o arrebata ao Olimpo com um raio, onde finalmente Hércules iguala-se aos deuses. Djanira enforca-se. Iole é dada de presente por Hércules a seu sobrinho Iolau. Seu amigo Filoctetes recebe como herança suas armas. Hera reconcilia-se com o herói.

Lua Nova dia 04/03 às 17h47 em Sampa



Por Patrícia Mattar Oliva



Sol, Lua, Mercúrio, Marte e Urano em Peixes.

É carnaval!

Diluir a persona em personagens, encantamento, magia, sonho de integração realizado em bloco, escola de samba, atrás do trio elétrico: catarse coletiva.

Imersão nas profundezas do ser e na delicadeza de estar: bem estar vai de cada um no mar de gente.

O desafio é reconhecer-se no todo; a chave, reconciliar-se com a idéia de que a vida se alimenta de vida.