Lua Cheia dia 10/11 às 17h15 em Sampa



Por Patrícia Mattar Oliva

now i’m no communist/  but i believe in the need for community/ and i’m no socialist/ but i’m perceiving the greed of society/ and i’m no psychologist/ but i exist in the midst of insanity/ and i don’t want to be a capitalist because they feed on greed - undercover hippy.

eu não sou comunista/ mas acredito na necessidade de comunidade/ e eu não sou socialista/ mas estou percebendo a voracidade da sociedade/ e eu não sou psicólogo/ mas existo no meio da insanidade/ e eu não quero ser/ um capitalista porque eles se alimentam de ganância. -undercover hippy.

Somos sete bilhões de seres humanos, todos com a mesma receita de o que é “ser alguém na vida”, muitas vezes confundindo os verbos ser e ter. Nesse momento pragmático da civilização, a diferença de essências só é distinguida pelo preço de mercado, valendo nisso apostas na bolsa, mercado futuro e tal.

Laboratórios químicos pagam congressos de atualização profissional em resorts maravilhosos para os médicos que mais receitem seus produtos. Bancos pagam reuniões dos países mais poderosos do mundo para decidir sobre a crise econômica. Corruptos pagam a justiça. O revolucionário de ontem é hoje emblema de traição à própria palavra. E por aí vai o destino da receita atual de “ser alguém na vida”.

A consequência de uma civilização que contempla só um lado dos anseios humanos está visível: doença social, manifestada em desrespeito, medo e desconfiança geral; doença individual, manifestada em crises e surtos psicóticos.

Sabemos que essa receita de “ser alguém” é impossível para todos os sete bilhões, e que frustração gera vingança. As emoções humanas são as mesmas desde os mais longínquos tempos, porém as manifestações podem ser mudadas.

E a Lua nos pergunta: como manifestar amor independente da posse?

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