Por Patrícia Mattar Oliva
Sol, Vênus, Urano e Marte em Áries.
“não se iluda/ que nada muda/ se você não mudar” – Companheiro, de Naire Siqueira e Tibério Gaspar.
Saber-se da mesma substância dos sonhos é motivo de reflexão sobre quem somos nós. Às vezes, o sonho é infeliz e acusamos o mundo por nossos próprios pesadelos, sutilmente alinhavados nos ódios, medos, disputas, desejo de destruição do que chamamos inimigo.
Pesadelos são tecidos pela voracidade de poder de nossa espécie, pelo controle auto imposto, considerando que controlar é evoluir, civilizar.
Pesadelos são tecidos através dos séculos pela necessidade de ser mais ou melhor que outrem.
Pesadelos são tecidos a cada sonho impróprio à personalidade de quem sonha.
Saber-se da mesma substância dos sonhos nos faz pensar que todos ocupamos um posto importante na humanidade. Ter coragem de reconhecer a própria importância, a importância da gota no oceano, é sonhar com felicidade, promover um mundo mais feliz.
E a Lua nos pergunta: como saber quem somos sem conhecer a personalidade alheia?
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