Por Patrícia Mattar Oliva
“se a farinha é pouca, meu pirão primeiro. Ou: quanto mais para mim, melhor!... mesmo que a farinha seja muita”.
Toda pessoa tem o rei no umbigo, se considera o centro de seu mundo individual. Defendemos nosso território como um rei defende o trono e a coroa. Porém, nos revoltamos quando os chefes de estado fazem o mesmo, sem perceber que isso é um dos mais fortes fundamentos da civilização atual: cada qual defende seus interesses particulares.
Os interesses públicos são confundidos com os dos gigantes da economia, que precisam crescer infinitamente, como se isso fosse possível. O sistema econômico está todo baseado nesse falso postulado: a economia deve crescer sem limites, mesmo que isso leve à morte da Humanidade no nosso planeta azul.
O momento atual carrega no ventre a insatisfação com o sistema, os governos, e “tudo isso que aí está”. Resta saber como criar melhorias efetivas para todos os humanos, o que significa melhorias efetivas para todos os reinos da Natureza.
O espaço criativo nasce privado e fala ao público através da Arte. Entre a Ciência e o Grande Mistério passeiam os sonhos que nos envolvem a todos no imenso mar do inconsciente.
E a Lua nos pergunta: se o indivíduo é defensivo, como sonhar uma sociedade equânime? ou: será a disputa uma doença auto imune para a humanidade?