Lua Cheia dia 17/04 às 23h44 em Sampa.



Por Patrícia Mattar Oliva

“é difícil fazer um homem entender algo quando seu salário depende de não entender” – Paul Krugman.

Urano, Marte, Mercúrio, Júpiter e Sol em Áries; Lua e Saturno em Libra; Netuno e Vênus em Peixes; Plutão em Capricórnio.

A decadência dos valores humanos e das instituições na atual civilização nos coloca frente ao dilema: agarrar-se ao barco afundando ou se jogar no mar desconhecido antes que ele nos engula? A decisão é pessoal e intransferível; cada cabeça, uma sentença.

Entre todos os alertas sobre mudanças climáticas, escassez de recursos vitais, falhas dos sistemas financeiros, as discussões se acaloram, cada qual querendo provar a própria razão a qualquer custo; atitude perniciosa para uma observação mais isenta. É como entrar em pânico durante um incêndio: quase inevitável, mas só atrapalha.

E, sob o coro do politicamente correto, vemos a intolerância – a alimentos, atitudes, declarações, credos, culturas, hábitos, etc - cada vez mais difundida como regra de convivência global, tudo em nome da segurança e saúde. Será seguro e saudável?

E a Lua nos pergunta: como pode o desenvolvimento individual ser contra o coletivo?


Que Curta Tenho Eu? III (Inscrições)





Cinema Jã – Que Curta Tenho Eu? III


O que é?

Um festival aberto de curtas metragens, com o objetivo de divulgar e promover o trabalho e o encontro de autores/produtores de cinema. A ideia é o encontro e exibição, sem premiação ou concorrência entre filmes.

Quem pode participar?

Qualquer cineasta profissional, amador ou estudante de cinema/audiovisual.

Que filmes podem participar?

Curtas metragens de qualquer estilo – ficção, documentário, musical, institucional, publicitário, etc. – e de qualquer tema.
Para viabilizar a exibição de muitos filmes, pedimos que a duração máxima de cada curta-metragem seja de 10 minutos; filmes ligeiramente mais longos poderão ser exibidos, mas, havendo necessidade de seleção, será dada prioridade àqueles de até 10 minutos.

Como entregar os filmes inscritos?

Os filmes inscritos devem ser entregues em mídias de DVD, ou pessoalmente ou por correio/sedex, na sede da Jã - Rua João Alberto Moreira 50, CEP: 04539-030, São Paulo/SP, prox. Metrô Vila Madalena - aos cuidados de Julian Lepick.
Juntamente com a mídia, os inscritos devem entregar a ficha de inscrição abaixo, preenchida com dados básicos do(s) filme(s) e do(s) autor(es).

Como é feita a seleção?

Cada autor pode inscrever até 3 filmes.
Não existem critérios artísticos de seleção e nosso objetivo é exibir o maior número de filmes, do maior número de autores. No caso de número muito grande de inscrições poderemos ter que fazer uma seleção, que ficará a cargo da equipe produtora da Jã.
Imediatamente após a seleção e montagem da play-list das sessões, os inscritos selecionados receberão comunicado da Jã confirmando a participação e sua data.

Como e onde é feita a exibição?

As sessões acontecerão na sede da Jã, em São Paulo. As sessões serão noturnas e, sempre que o tempo permitir, feitas ao ar livre, em ambiente bem informal. No caso de mau tempo as sessões poderão ser feitas em espaço interno, em tela menor, ou canceladas.
As sessões serão gratuitas e abertas a qualquer interessado.

Divulgação

Será feita através do blog e da página do facebook da Jã.
Serão enviados convites para a lista de emails cadastrados da Jã.
Os participantes podem ficar à vontade para divulgar as exibições para suas listas pessoais de convidados.

                                          
                                     Facebook Jã

Lua Nova dia 03/04 às 14h33 em Sampa.



por Patrícia Mattar Oliva


Sol, Lua e Júpiter conjuntos em Áries, opostos a Saturno em Libra. Marte conjunto a Urano, e Mercúrio também em Áries: um verdadeiro cortejo abre alas! Como um terremoto que rompe todos os sistemas de segurança, a semente de uma nova civilização pede passagem na consciência de cada um.

Foi-se o tempo da jornada heróica individual. A pergunta “quem eu sou” se transmuta em “quem eu estou”. Governos e instituições são nossos espelhos e a sensação de impotência frente aos acontecimentos é fuga da responsabilidade, rejeição às próprias fraquezas.

Paixão, impulso, loucura para se lançar no desconhecido é o que temos disponível agora. O limite nos é dado pela noção de ética e justiça, tão mais necessária quanto esquecida nos padrões atuais.

O desafio é estar em colaboração, fazer aos outros o que queremos que nos façam. A chave, reconhecer-se nos acontecimentos globais. 

Lua Cheia dia 19/03 às 15h11 em Sampa



O Sol se despede de Peixes em oposição à Lua. Urano, Júpiter e Mercúrio em Áries.

Comungar com a vida é lidar com assuntos ditos mundanos com a reverência do que nos é sagrado. Independente de o sagrado ser templo, dinheiro, trabalho, família, futebol...

Sentir-se parte da beleza, criatividade, harmonia do mundo é difícil, mas gostoso e envaidecedor. Reconhecer-se nas catástrofes, no desamor, guerras, crueldade é ainda mais difícil pelo desagrado que provoca. Mas libertador!

E a Lua nos pergunta: como escolher o caminho se comungamos com o todo? Ou: se a vida se alimenta de vida, o que é a morte? 

Festa do Equinócio - (Reveillon Jã - Início do Ano Novo Astrológico)



sábado, 19 de março, às 19h30.
lua cheia no reveillon jã.


vamos comemorar mais um ano astrológico juntos! essa lua cheia acontece com o sol no último grau do signo de peixes, despedida do nosso verão. a duração do dia é igual à duração da noite, do hemisfério sul ao hemisfério norte.   


enfim, hércules termina seus trabalhos na jã. venha ouvir a eliana atihe contar a descida do herói ao reino de hades, o senhor das sombras!

e dançar, cantar e celebrar o início do novo ciclo, o equinócio, a entrada do sol em áries!



se o tempo ajudar, teremos uma fogueira no quintal. traga os seus desejos de fogo!

contribuição sugerida: espumante ou cerveja! 


próx. Metrô Vila Madalena

12º Trabalho: A Captura de Cérbero / Epílogo



A catábase ou descida é a etapa final da iniciação do herói. Orfeu e Teseu, assim como Hércules, vivem suas catábases, cada qual ao seu modo.

A catábase nada mais é do que a morte (simbólica ou literal) pela qual o herói deve necessariamente passar, a assunção de sua condição mortal, antes de receber a glória da imortalidade.

É no mundo inferior ou Hades que se dá a catábase. O Hades recebe o mesmo nome de seu governante, Plutão, o Rico, como este era eufemisticamente chamado pelo povão, que morria de medo dele. Hades quer dizer Invisível e o reino das sombras lhe coubera na partilha que os olímpicos fizeram, após vencerem as guerras contra os crônidas e os gigantes. Em desvantagem para encontrar uma esposa, já que nenhuma deusa queria se casar com ele e ir viver no submundo, ele demandou de Zeus apoio para raptar Coré, a filha deste com a irmã de ambos, Deméter, a deusa da natureza cultivada. Casada com Hades, Coré passou a se chamar Perséfone e se tornou a senhora do reino dos mortos.

O mundo inferior tinha varias entradas, geralmente localizadas em grutas, cavernas e crateras de vulcões. Hércules escolheu uma das entradas e desceu até chegar à margem do rio Estige, o rio infernal que servia de fronteira entre o reino dos vivos e o das sombras. Quem fazia a travessia das almas era Caronte, o barqueiro sombrio, que cuidava que nenhum vivo atravessasse esse limiar. Se isso acontecesse, Cérbero, o mastim infernal, cuidaria de devorar o invasor do lado de lá e de introduzi-lo, como sombra, no Hades. Caronte exigia das almas um óbolo como pagamento pela travessia, o que fazia com que os parentes metessem uma moeda na boca do defunto, para pagar a travessia. Hércules deveria não somente descer aos infernos, como também trazer de lá o mastim Cérbero e levá-lo até Euristeu, em Micenas. Caronte, porém, se recusou a fazer a travessia do herói, que o agarrou e colocou a espada em seu pescoço, obrigando-o a levá-lo para a outra margem. Lá Cérbero o esperava: um enorme mastim negro, com 3 cabeças, rabo de dragão e um torso eriçado de serpentes. Ao ver o vulto alentado do herói, Cerbero saiu ganindo e correu a se esconder debaixo do trono de seu dono, que se surpreendeu imensamente com essa reação. A senhora do mundo inferior levantou-se para receber o herói. O casal infernal era, em geral, bastante civilizado. Afinal ela e ele eram ambos filhos de Zeus, meio-irmãos. Hércules e Hades negociaram a subida de Cérbero e Hades concordou em emprestá-lo a Hércules, desde que ele não usasse de violência para enfocinheirá-lo e o devolvesse íntegro. Hércules aceitou as condições e capturou um Cérbero bastante apavorado com alguma facilidade. Colocou-lhe uma tripla focinheira que levara consigo, adaptada numa trilha coleira com guia. Simples assim.

Quando começou a sair, viu se primo Teseu sentado diante de uma mesa, ao lado de seu amigo, o rei Piríto. Ambos, cinqüentões metidos a playboys, eram prisioneiros de Hades. Num dia de muito tédio, haviam planejado ir ao Hades e raptar Helena de Tróia para Teseu e Perséfone para Piríto. Mal chegaram, porém, Hades desconfiara deles e os convidara a sentar-se a uma mesa para partilhar com ele uma refeição como seus convidados. Ao término do banquete, os dois não conseguiam desgrudar as bundas das cadeiras. E lá estavam até agora, grudados nos assentos. Hércules negociou sua libertação, mas Hades concordou em liberar apenas Teseu, já que o pecado de Piríto era imperdoável. Assim Hércules e Teseu rumaram juntos para a superfície. Com Cérbero na coleira, Hércules rumou para Micenas. No palácio de Euristeu, soltou o monstro só um pouquinho, conseguindo gerau um furdúncio razoável e o último e melhor chilique por parte de Euristeu. Provocado pelo rei, que lhe ofereceu uma ínfima porção de um sacrifício dedicado a Hera, Hércules ofendeu-se e acabou por matar os 3 filhos do rei. Como se pode ver, não aprendeu nadica de nada. Por fim, encerrada a tarefa, recolheu o mastim e retornou para devolvê-lo a Hades.

Mas sua catábase não parou aí. Até então, o nome do herói era Alcides, o nome que recebera de Alcmena e Anfitrião. Tendo cumprido os trabalhos, seu nome mudou para Héracles, a Glória de Hera, o herói a serviço da deusa, que o contém, restringe e educa, para que a testosterona sirva ao estrógeno, o hormônio da vida, e não simplesmente a si mesmo, agredindo por agredir e destruindo por destruir.


De volta a Tebas, Hércules meteu-se numa competição de arco e flecha com o rei Êurito e seus filhos. Hércules venceu, mas Êurito recusou-se a aceitar a vitoria do herói e Autólito, seu filho, ainda o acusou de ter roubado bois do rebanho de seu pai. Ífito, outro filho do rei, tentou intermediar a contenda, mas foi acidentalmente morto pelo herói. Esse crime condenou Hércules a cumprir um 13º trabalho: servir como escravo na corte da rainha Ônfale (Umbigo), da Lydia por 8 anos humanos.


Lá ele se tornou amante de Ônfale, que o obrigava a se vestir de mulher e a fiar com ela e suas escravas. O herói exercitou-se um pouco na polaridade oposta, passiva-receptiva e parece que refluiu um pouco de tanta violência. Terminada a escravidão na corte de Ônfale, Hércules desempenhou a tarefa para a qual fora concebido: ajudar os olímpicos a vencerem os gigantes (a Gigantomaquia), isso porque os deuses não podiam matar gigantes, seus parentes, somente feri-los. Hércules eliminou os últimos representantes da estirpe dos filhos de Gaia, também eles seus parentes. No reino de Êurito, Hércules deixara seu prêmio: a princesa Iole. Ele voltou para buscá-la. Era então casado com Djanira (a devoradora de heróis), que morria de ciúmes dele. Djanira guardava consigo um túnica de seu marido, que o centauro Nesso, flechado por Hércules, havia dado a ela, garantindo-lhe que, se seu marido se apaixonasse por outra mulher, a túnica o traria de volta, porque fora impregnada com um filtro de amor. Quando Hércules vai buscar Iole, decide fazer uma oferenda a seu pai e envia seu servo, Licas, para buscar uma túnica digna com Djanira. Licas chega fofocando sobre Iole e Djanira envia a túnica, que na verdade está impregnada de veneno. Hércules a veste para realizar o sacrifício a Zeus, mas, na verdade, ele é a verdadeira vítima. A túnica gruda em sua pele e a queima. Tentando arrancá-la, ele arranca pedaços do próprio corpo. Ao final, deita-se na pira do sacrifício e ordena que a acendam. Zeus se condói do sofrimento do filho e o arrebata ao Olimpo com um raio, onde finalmente Hércules iguala-se aos deuses. Djanira enforca-se. Iole é dada de presente por Hércules a seu sobrinho Iolau. Seu amigo Filoctetes recebe como herança suas armas. Hera reconcilia-se com o herói.

Lua Nova dia 04/03 às 17h47 em Sampa



Por Patrícia Mattar Oliva



Sol, Lua, Mercúrio, Marte e Urano em Peixes.

É carnaval!

Diluir a persona em personagens, encantamento, magia, sonho de integração realizado em bloco, escola de samba, atrás do trio elétrico: catarse coletiva.

Imersão nas profundezas do ser e na delicadeza de estar: bem estar vai de cada um no mar de gente.

O desafio é reconhecer-se no todo; a chave, reconciliar-se com a idéia de que a vida se alimenta de vida.