O décimo primeiro trabalho: O Pomo das Hesperides.



As Hesperides são filhas do gigante Atlas e a ninfa Hesperis, e guardiãs de um jardim que é uma maravilha. Sua árvore de pomos de ouro, dote de Hera por ocasião de seu casamento com Zeus, vive tentando homens e deuses. Por causa disso, as hesperides são ajudadas na sentinela do jardim por um dragão de cem cabeças, que não tiram os olhos da preciosidade. E o endereço do jardim é um dos grandes mistérios da Grécia Heróica!

Héracles perambula por vários caminhos à procura do jardim e acaba entrando numa zona perigosa, dominada por Cicno – filho do deus Ares. Os dois se enfrentam e o herói mata o adversário. Nesse momento o próprio Ares desce do Olimpo para lutar com Heracles que, com a ajuda de Palas, consegue ferir o deus da guerra, que retorna ao Olimpo para se tratar.

Em outra ocasião, estando perto do Monte Caucaso, o herói resolve soltar Prometeu do seu castigo por ter roubado o fogo dos deuses e entregado aos homens. Mata o abutre que come o fígado do titã, e o liberta das correntes.

Às margens do rio Eridiano (o rio Po), moram algumas ninfas, filhas de Zeus com Temis que informaram o herói que o único que sabe onde fica o jardim é Nereu, o velho deus aposentado do mar. Heracles vai até o palácio do velho, e consegue arrancar dele o segredo! O jardim fica perto do Tingis.

Ao se dirigir para o local indicado, Heracles encontra outro titã: Atlas carregando a abóboda celeste nos ombros. Estava perto do jardim. Conversa com o pai das hespérides e o titã se dispõe a ir buscar o pomo, desde que o herói o substituísse na função de carregar o mundo pelo tempo em que se ausentasse. Assim foi feito, Heracles fica no lugar de Atlas que vai ao jardim, pega alguns dos tão famosos pomos e volta para provocar o herói: peguei os pomos de que você precisa, mas... você acha mesmo que vou carregar esse peso todo de novo? Héracles, então pede para que ele segure só um pouco para se ajeitar melhor, troca de posto com o titã e é a sua vez de caçoar do gigante. Pega um pomo e volta a Micenas!

Euristeu dedica o fruto à deusa Hera! Mais um trabalho cumprido!

Sobre Signos e Constelações





Não li as matérias sobre o obsoletismo da Astrologia, mas li os comentários do Veríssimo e do Piza, sempre gosto, sou fã deles! Todas as reportagens começavam por: movimentos estelares mudam a posição dos signos - uma grande asneira se a gente conhece a definição de signo. É impossível mudar a posição dos signos, por mais que o eixo da terra enlouqueça. Eles são definidos pela posição relativa entre a terra e o sol. 
 
É como falar que movimentos estelares mudam o Meridiano de Greenwich. Explico melhor: signo e constelação são conceitos diferentes!
 
Os signos são 12 divisões iguais, imaginárias, da faixa da eclípica do sol (movimento aparente do sol em torno da terra), com origem no equinócio de primavera do hemisfério norte - ponto onde essa ecliptica corta o plano definido pelo equador terrestre, no instante em que o sol passa do sul para o norte. Esse é o zero grau de Áries. A partir daí, seguindo a ecliptica, 30 graus para cada signo, naquela ordem que todos conhecemos. É uma divisão imaginária, um conceito estritamente ligado ao mundo sub-lunar, como dizem os antigos.
 
Constelações zodiacais são ajuntamentos de estrelas no fundo celeste do “caminho do sol” no céu – as constelações que somem atrás do sol no seu movimento aparente. Para além do sub lunar, logo se vê.
 
O mais interessante é observar que os mesmos que definiram os signos nominaram as constelações, estudaram os movimentos da terra, deram origem à nossa era espacial. Esses caras deram o mesmo nome para constelações zodiacais e signos, mas dividiram o fundo do céu zodiacal em 13 constelações e a faixa da ecliptica em 12 signos, e o tamanho das constelações é completamente variável enquanto o dos signos é igual. 

O equinócio da primavera do hemisfério norte, o zero Áries, muda com relação às constelações da faixa zodiacal, o fundo celeste do “caminho do sol”, com período de rotação de aproximadamente 26 000 anos terrestres. Esse movimento se chama precessão dos equinócios e foi descoberto pelo grego Hiparco, no século II ac. Não sei por que esse barulho todo agora, com crédito para astrônomo e tal.
 
No simbolismo astrológico, os signos do zodíaco representam uma descrição humana de qualquer processo criativo, dentre tantas outras que existem. Estão ligados à mitologia greco-romana ou vice versa... vai saber; ligados ao psicologismo humano como qualquer teoria cosmogônica que se observe, por mais científica que seja a observação.
 
Na minha opinião, é mais interessante discutir a definição de signo como um modo do humano, do sublunar, entender o universo. E a questão que se coloca é: já tendo visitado o lado oculto da lua, com os novos olhos que temos, a nova consciência, toda a ciência e tecnologia, ainda cabemos nessa descrição do psicologismo humano? Se sim, se não, o que isso quer dizer? Mas não é o que estamos vendo, infelizmente.
 
 
Patrícia Mattar Oliva, engenheira astrófila.

Lua Nova dia 02/02 às 23h32 em Sampa



Por Patrícia Mattar Oliva


Lua, Sol e Marte conjuntos em Aquário, onde também está Netuno. A postura individual segundo a necessidade coletiva. Por isso, um manifesto pessoal a respeito da recente discussão sobre Astronomia, Astrologia e mídia a serviço da desinformação.

Sobre Signos e Constelações.

Não li as matérias sobre o obsoletismo da Astrologia, mas li os comentários do Veríssimo e do Piza - sempre gosto, sou fã deles! Todas as reportagens começavam por: movimentos estelares mudam a posição dos signos - uma grande asneira se a gente conhece a definição de signo. É impossível mudar a posição dos signos, por mais que o eixo da terra enlouqueça. Eles são definidos pela posição relativa entre a terra e o sol.

É como falar que movimentos estelares mudam o Meridiano de Greenwich. Explico melhor: signo e constelação são conceitos diferentes!

Os signos são 12 divisões iguais, imaginárias, da eclípica do sol (movimento aparente do sol em torno da terra), com origem no equinócio de primavera do hemisfério norte - ponto onde essa ecliptica corta o plano definido pelo equador terrestre, no instante em que o sol passa do sul para o norte. Esse é o zero grau de Áries. A partir daí, seguindo a ecliptica, 30 graus para cada signo, naquela ordem que todos conhecemos. É uma divisão imaginária, um conceito estritamente ligado ao mundo sub-lunar, como dizem os antigos.

Constelações zodiacais são ajuntamentos de estrelas no fundo celeste do “caminho do sol” no céu – as constelações que somem atrás do sol no seu movimento aparente. Para além do sub lunar, logo se vê.

O mais interessante é observar que os mesmos que definiram os signos nominaram as constelações; estudaram os movimentos da terra, deram origem à nossa era espacial. Esses caras deram o mesmo nome para constelações zodiacais e signos, mas dividiram a faixa zodiacal em 13 constelações, a ecliptica em 12 signos e o tamanho das constelações é completamente variável enquanto o tamanho dos signos é igual.

O equinócio da primavera do hemisfério norte, o zero Áries, muda com relação às constelações da faixa zodiacal, o fundo celeste do “caminho do sol”, com período de rotação de aproximadamente 26 mil anos terrestres. Esse movimento se chama precessão dos equinócios e foi descoberto pelo grego Hiparco, no século II ac. Não sei por que esse barulho todo agora, com crédito para astrônomo e tal.

No simbolismo astrológico, os signos do zodíaco representam uma descrição humana de qualquer processo criativo, dentre tantas outras que existem. Estão ligados à mitologia greco-romana ou vice versa... vai saber; ligados ao psicologismo humano como qualquer teoria cosmogônica que se observe, por mais científica que seja a observação.

Na minha opinião, é mais interessante discutir a definição de signo como um modo do humano, do sublunar, entender o universo. E a questão que se coloca é: já tendo visitado o lado oculto da lua, com os novos olhos que temos, a nova consciência, toda a ciência e tecnologia, ainda cabemos nessa descrição do psicologismo humano? Se sim, se não, o que isso quer dizer? Mas não é o que estamos vendo. Infelizmente.


Patrícia Mattar Oliva, engenheira astrófila.

Lua Cheia dia 19/01 às 19h22 em Sampa



Por Patrícia Mattar Oliva



“Sem tesão não há solução” – Roberto Freire

Se o sonho se volta contra a vida, vira pesadelo. Caem barragens, a água leva.

O Sol se despede do signo de Capricórnio em oposição à Lua em Câncer, que está em trígono com Urano em Peixes. Vênus e Netuno desaspectados.

Na busca da felicidade definimos regras, estruturas, limites, mas deixamos a alma, o sonho à deriva; os prazeres primevos sem conexão com as atitudes rotineiras. Por primevo entenda-se primitivo, inerente à vida, interno. Nada a ver com prazeres vendidos ou comprados: esses têm conexão com o concreto através do cartão de crédito, que também existe e dá prazer. Abordamos aqui valores intangíveis, momentos que duram a vida inteira, para além da vida pessoal.

Sonho que causa sofrimento, mesmo que seja distante, para outros, vira pesadelo. Hora de refazer ideais. Aproveitar a desconexão para reconhecer o que é invisível, porém real e até palpável.

E a Lua nos pergunta: quais arquétipos humanos caminham a manutenção da espécie? ou: isso é sonho ou pesadelo?

Lua Jã - Capricórnio (10º Trabalho de Hércules)



quarta feira, 19 de janeiro, às 20h30.                
mais um encontro na lua cheia. 


a proposta do ano astrológico é percorrer os signos zodiacais através dos trabalhos de hércules.

nesse encontro, o sol em capricórnio nos remete ao caminho do desenvolvimento profissional e espiritual, ao topo de onde podemos chegar. a lua em câncer aponta para o cuidado com as emoções, próprias e alheias, para as origens, o lar

hércules, em seu décimo trabalho, deve levar a boiada de gerião, um monstro que mora na eritia - atual espanha- para micenas, na grécia.



importante a pontualidade!




contribuição espontânea sugerida $10. se você gostou e pode dar mais, fique à vontade! se gostou e só pode dar menos, fique à vontade também!


O Décimo Trabalho: Os bois de Gerião






Gerião é um monstro assustador com três corpos que lhe saem da cintura, cada um com dois braços e uma cabeça. Mora na ilha de Eritia, extremo oeste das terras mitológicas, e possui um rebanho de bois maravilhosos, cuidado pelo pastor Eurition, que tem duas cabeças e Orto, um cão de sete cabeças completamente feroz.


Heracles deve roubar os bois do monstro e trazê-los para Micenas. 



Tem um longo caminho a percorrer! Parte para a Líbia, andando sempre na direção oeste, até alcançar o estreito que separa o continente africano das terras européias. Atravessa o mar a nado e caminha até Eritia. Encontra os bois guardados por Eurition, que vigia as quatro direções com seus quatro olhos. Mas Heracles não vê o cão. Para atacar o pastor, precisa saber onde está Orto ou será apanhado pelas costas. Esconde-se e vigia o local até ver o buraco onde o cão se esconde. Daí, foi um flechaço para cada cabeça do pastor, e mais outros para as cabeças de Orto que vem em sua direção na maior velocidade.

Senta-se à sombra de uma árvore para descansar da tremenda viagem que fizera. Nesse meio tempo, Gerião, avisado por Menetes - um pastor que tudo vira - chega disposto a acabar com o herói. Traz três escudos e arco, flechas e gladios: uma fortaleza. Heracles tem uma idéia que até então ninguém tinha tido: lança uma flecha em cada joelho do monstro que desaba morto.

Agora é tocar o rebanho de volta para Micenas. Escolhe seguir a norte, passando pela Espanha, Gália, Itália, Sicília e, enfim, Grécia. Defende o rebanho de muitos assaltantes pelo caminho, passa por muitos apuros. Já está nas costas gregas do mar Jônio quando a deusa Hera envia um enorme enxame de mutucas para atacar os bois que fogem e se dispersam pelas montanhas de região. Heracles vai atrás deles, junta os que consegue e entrega-os ao rei Euristeu, que sacrifica os bois em honra da deusa. Os bois que fugiram se transformam nos selvagens rebanhos da Citia.


Quer saber mais sobre o mito? Venha participar de mais um encontro na Lua Cheia.

Lua Nova, eclipse do Sol, dia 04/01 às 7:04, horário de verão, em Sampa



Por Patrícia Mattar Oliva


Sol e Lua enquadrados por Plutão e Marte em Capricórnio. Vênus em Escorpião, quadrada com Netuno em Aquário, e em trígono com Júpiter conjunto a Urano em Peixes.

O ano começa com as doutrinas na berlinda! As antigas estruturas balançam disseminando medo.

Em nome da ecologia, eliminamos o lobo mau das estórias infantis mas elegemos modos de vida que exaurem recursos naturais como modelo a ser seguido. Vivemos de palavras bonitas sem atitudes correspondentes: a deseducação da pedagogia redentora. 

Valores monetários comandam valores morais; o santo papa manipula dogmas por pressão social; saúde e segurança servem de argumento para autoritarismo e truculência; métodos ilícitos de obter informação revelam verdades políticas; governos processam quem faz a verdade aparecer. 

O desafio é fazer a tão desejada mudança social acontecer no pessoal. A chave, vencer o fantasma da repetição e do medo: transformar os próprios hábitos pelo prazer de colaborar.